domingo, 4 de maio de 2008
"Há gajas que quem as come menos são os namorados"
Recebi um mail este manhã de um bacano qualquer que já percebeu o papel deste blog.
Escreveu-me esta frase, pedindo que a desenvolvesse.
Olhemos então profundamente para a frase:
"Há gajas que quem as come menos são os namorados".
1 minuto de silêncio e contemos uma história:
Ele era bonito. Tinha feito uma plástica recentemente.
Tinha nascido com um sinal daqueles enormes, feios e cheios de pêlos e finalmente lhe tinha saído o Totobola e tinha investido todo o dinheiro numa operação.
O Pai era rico, mas desprezava-o por causa daquele defeito. Como não acreditava nos milagres da medicina, nunca tinha disponibilizado o dinheiro.
Era um rapaz bem parecido e aquele sinal estragava-o.
Com 18 anos nunca tinha conseguido ter o sucesso com as mulheres que desejava.
Mas agora, e sem nenhuma cicatriz resultante da operação, o mundo podia ser dele.
Desde que tinha tirado o sinal, tinha novos amigos. As miúdas olhavam-no de outra maneira. Até os professores lhe davam melhores notas.
Tinha uma paixão muito antiga. A sua educação dizia-lhe que só devia ter uma mulher a vida toda.
Era a sua vizinha. A Luisinha.
Viviam naquela casa há muitos anos, uma vivenda com piscina decorada pela Conceição Vasco Costa e um rabeta qualquer, em Cascais.
A Luisinha tinha-se mudado para aquela rua com 15 anos, mais dois que ele.
E, nesse dia, ainda hoje escrito no diário do rapaz, ele apaixonou-se.
Tentou ser amigo dela e ela sempre o desprezou. Fez dele inúmeras vezes gato-sapato, gozando com ele inclusivamente defronte das amigas, obrigando-o depois quando estava sozinha a fazer-lhe companhia.
Chegou a namorar-lhe o colega de carteira, para maior dos seus desgostos.
Era mulher agora. Tinha-se tornado modelo e já vivia sozinha.
Um dia por coincidência encontraram-se numa festa.
"O que é feito do teu sinal?" - perguntou-lhe ela, surpresa com a transformação que tinha sofrido.
"Tenho-o guardado numa caixinha" - retorquiu, nervoso.
"Estás giro."
Ele estava giro, de facto.
Ainda com algum dinheiro do Prémio do Totobola tinha roupas novas e um relógio suiço.
Toda ela agora falava de maneira diferente.
Até ele se questionava porque é que ela não o estava a mandar já buscar uma bebida ou tomar conta da casa de bonecas para que não fosse assaltada.
"- Olha, aqui não. O meu namorado está ali sentado.
Escreve o meu número para o qual só me liga quem eu quero." - disse ela, subitamente, cortando a conversa, quando já sentia algum calor e mexia no cabelo indiscriminadamente, sem se aperceber.
A relação era estável e ela gostava dele, mas o namorado era um idiota.
Não se sabia divertir e era um trombudo. Já o tinha enganado umas quantas vezes. Uma das quais numa viagem de 15 dias, em que ele esteve sempre convencido que ela estava a fechar importantes negócios.
"Aquele não era o teu antigo vizinho?" - perguntou-lhe o namorado depois, mostrando que estava atento.
"Sim. Era. Continua um totó, não continua?" - respondeu ela, tentando afastar totalmente qualquer suspeição.
É claro que a partir do momento em que se tem o número e já não se tem aquele sinal incomodativo e repulsivo na cara, qualquer gajo sabe o que fazer, por isso acho que não vale a pena levar a história mais longe.
Só dizer que as viagens de negócios ganharam mais frequência durante um tempo, o rapaz perdeu a virgindade com a sua eterna paixão, sem ter que a levar a jantar fora, ela não deixou o namorado, foi usado e sofreu.
Já o Bocage o escreveu num post antigo e eu repito e reforço: há gajos que merecem as gajas e há gajas que são como são por causa de nós.
Só espero que não seja o caso do nosso querido escritor.
Continuem a escrever.
MEzC
Escreveu-me esta frase, pedindo que a desenvolvesse.
Olhemos então profundamente para a frase:
"Há gajas que quem as come menos são os namorados".
1 minuto de silêncio e contemos uma história:
Ele era bonito. Tinha feito uma plástica recentemente.
Tinha nascido com um sinal daqueles enormes, feios e cheios de pêlos e finalmente lhe tinha saído o Totobola e tinha investido todo o dinheiro numa operação.
O Pai era rico, mas desprezava-o por causa daquele defeito. Como não acreditava nos milagres da medicina, nunca tinha disponibilizado o dinheiro.
Era um rapaz bem parecido e aquele sinal estragava-o.
Com 18 anos nunca tinha conseguido ter o sucesso com as mulheres que desejava.
Mas agora, e sem nenhuma cicatriz resultante da operação, o mundo podia ser dele.
Desde que tinha tirado o sinal, tinha novos amigos. As miúdas olhavam-no de outra maneira. Até os professores lhe davam melhores notas.
Tinha uma paixão muito antiga. A sua educação dizia-lhe que só devia ter uma mulher a vida toda.
Era a sua vizinha. A Luisinha.
Viviam naquela casa há muitos anos, uma vivenda com piscina decorada pela Conceição Vasco Costa e um rabeta qualquer, em Cascais.
A Luisinha tinha-se mudado para aquela rua com 15 anos, mais dois que ele.
E, nesse dia, ainda hoje escrito no diário do rapaz, ele apaixonou-se.
Tentou ser amigo dela e ela sempre o desprezou. Fez dele inúmeras vezes gato-sapato, gozando com ele inclusivamente defronte das amigas, obrigando-o depois quando estava sozinha a fazer-lhe companhia.
Chegou a namorar-lhe o colega de carteira, para maior dos seus desgostos.
Era mulher agora. Tinha-se tornado modelo e já vivia sozinha.
Um dia por coincidência encontraram-se numa festa.
"O que é feito do teu sinal?" - perguntou-lhe ela, surpresa com a transformação que tinha sofrido.
"Tenho-o guardado numa caixinha" - retorquiu, nervoso.
"Estás giro."
Ele estava giro, de facto.
Ainda com algum dinheiro do Prémio do Totobola tinha roupas novas e um relógio suiço.
Toda ela agora falava de maneira diferente.
Até ele se questionava porque é que ela não o estava a mandar já buscar uma bebida ou tomar conta da casa de bonecas para que não fosse assaltada.
"- Olha, aqui não. O meu namorado está ali sentado.
Escreve o meu número para o qual só me liga quem eu quero." - disse ela, subitamente, cortando a conversa, quando já sentia algum calor e mexia no cabelo indiscriminadamente, sem se aperceber.
A relação era estável e ela gostava dele, mas o namorado era um idiota.
Não se sabia divertir e era um trombudo. Já o tinha enganado umas quantas vezes. Uma das quais numa viagem de 15 dias, em que ele esteve sempre convencido que ela estava a fechar importantes negócios.
"Aquele não era o teu antigo vizinho?" - perguntou-lhe o namorado depois, mostrando que estava atento.
"Sim. Era. Continua um totó, não continua?" - respondeu ela, tentando afastar totalmente qualquer suspeição.
É claro que a partir do momento em que se tem o número e já não se tem aquele sinal incomodativo e repulsivo na cara, qualquer gajo sabe o que fazer, por isso acho que não vale a pena levar a história mais longe.
Só dizer que as viagens de negócios ganharam mais frequência durante um tempo, o rapaz perdeu a virgindade com a sua eterna paixão, sem ter que a levar a jantar fora, ela não deixou o namorado, foi usado e sofreu.
Já o Bocage o escreveu num post antigo e eu repito e reforço: há gajos que merecem as gajas e há gajas que são como são por causa de nós.
Só espero que não seja o caso do nosso querido escritor.
Continuem a escrever.
MEzC
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6 comentários:
Na minha epoca não havia viagem de negocios para ninguem...
"há gajos que merecem as gajas e há gajas que são como são por causa de nós."
Não posso concordar mais...
E assim nasceu o nosso blog, espaço didactico.
Mais um espaço de discussão...mas normalmente das discussões nasce a luz...
Será?
É possivel...ainda vamos desmistificar as relações entre homens e mulheres...ou então não...Boys will always be boys and girls will always be girls...
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