quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sobre medo e insegurança

A malta esteve longe e parada durante muito tempo...
No outro dia li no blog duma das nossas leitoras algo sobre este tema, mesmo se o post já era antigo achei que devia responder, para que não restem duvidas!!!

Nada mais errado que pensar que os relacionamentos acabam porque nós gajos temos inveja ou ficamos inseguros pelo sucesso da nossa parceira!

Pode parecer um disparate o que vou dizer a seguir, mas vamos fazer uma pequena analepse para se perceber melhor onde quero chegar...
Estamos no inicio do século passado e as mulheres começam a lutar pela igualdade de direitos e a emanciparem-se por esse Mundo fora, culminando no pós-guerra com a conquista de todos esses objectivos, ganham do direito a saírem de casa, largando o papel que tinham nas famílias e passando a ter carreiras. Isto tudo fruto do enorme esforço de guerra que foi necessário e da ausência quase total de mão de obra masculina que se encontrava a combater. Até aqui não há nada a dizer, e acho muito bem que assim seja, mas esqueceram-se que alguém tinha que tratar da família, papel que outrora lhes cabia. Quem será esse alguém?

Ainda hoje a resposta está para ser descoberta... ou se calhar a resposta já foi dada por sociedades mais avançadas como os países nórdicos em que se deu já hoje a inversão total de papéis, ou seja, as mulheres vão trabalhar e ganhar dinheiro para sustentar a família e os homens ficam em casa a cuidar da mesma! Por mim, perfeito! Aliás se é isso que querem, pode ser já amanhã, não me importo nada!

O problema é que as mulheres hoje querem ter carreira, mas querem que os homens também a tenham e aqui entra a verdadeira incompatibilidade, numa família sã e num lar sereno só um dos pares é que deve trabalhar, pois a educação dos filhos e a lida da casa deve ser uma tarefa igualmente reconhecida e a full time! Infelizmente isso não acontece, e temos hoje as novas gerações, nascidas das famílias com ambos os pais com carreira, em que os valores e a educação se perde ou deteriora...

Claro que virá a desculpa de que se as tarefas forem partilhadas ambos podem conseguir uma carreira, mas porque é que isso há-de ser assim? Que mal tem cada um ter as suas ocupações? Sejam elas profissionais ou familiares? Não há vergonha nenhuma em ficar em casa com a família, antes pelo contrario!! Amam os vossos patrões? Ou amam a vossa família? Porque é que uma tarefa tem que ser "superior" socialmente a outra?



O segundo ponto desta questão é ainda mais giro e polémico e vai talvez mais dirigido para uma resposta simples ao referido blog... Nós não temos medo do vosso sucesso, aliás, atire a primeira pedra quem for o gajo que não sonha andar de descapotável ao lado de uma empresária de prestígio e sucesso?!

O problema não é esse! O problema é mais uma vez vosso... é uma questão de cama! As gajas que trabalham muito, normalmente perdem vontade e libido! Passam a vida cansadas, as dores de cabeça aumentam, etc...É sinistro mas é verdade! A maior parte dos meus amigos nessas situações, em que eles trabalham e elas também, eles chegam a casa cheios de tesão e com vontade de saltar para cima da gaja, e elas chegam com a já famosa "cara de trabalho" o pesadelo de qualquer gajo, e que inevitavelmente leva à ruína qualquer relação. Como não compreendem que a melhor maneira de relaxar depois do trabalho é mandar uma bruta queca?!

Por fim pode haver alguns casos, poucos, em que os gajos, eventualmente tenham inveja do sucesso da parceira, mas são casos muito muito raros, até porque quanto mais dinheiro vocês tiverem menos gastamos nós...com vocês!!!


Le Marquis

8 comentários:

Anónimo disse...

Marquis,

Acho que o teu post tem alguma razão, mas acima de tudo mostra o teu ponto de vista e opinião, que não é generalizável.

A minha experiência não me diz isso, mas também não me diz o mesmo que o post da b girl.

Trabalho numa empresa e área maioritariamente masculina, sou independente, sou gira, inteligente e interessante. Digo isto sem pudores nenhuns, sem vaidades e falsas modéstias.

Os meus relacionamentos, sempre de longa duração, desde que comecei a trabalhar não correram muito bem.

O meu namorado na altura em que comecei a trabalhar não lidou bem com a componente masculina da minha profissão e com o facto de eu ter mais dinheiro (o meu estágio - para mim ou qualquer outro estagiário - era remurado e muito bem para a média nacional). Ao fim de um ano caiu por terra.

Passado um ano tive outro relacionamento que durou quase 1 ano e meio e tambem foi por terra. Razões, o meu trabalho e a sua componente masculina e um certo complexo de inferioridade relativamente ao meu trabalho e vida profissional. Não digo com orgulho, porque por vezes acho que podia ter feito mais, mas fui eu que coloquei um fim a esses relacionamentos.

Não me vejo a ficar em casa e ser mãe e dona de casa, mas não tenho problemas em que o respectivo o faça e eu contribua de outro modo, aliás agrada-me.

Isto porque preciso de desafio intelectual, porque gosto de ter o meu dinheiro para as minhas coisas, sejam elas viajar, ir jantar fora ou fazer compras. Nestes relacionamentos que referi o local de férias era sempre 1 guerra, as minhas compras escrutinadas ao cêntimo apesar do dinheiro ser meu e o local para jantar fora uma discussão constante porque eu não me importo de pagar e comer bem.

Acima de tudo o que vejo nos relacionamentos de hoje em dia, e contra mim falo, é que as pessoas estão cada vez mais egoístas, a maneira de estar e ver a vida é diferente, as prioridades são diferentes, os objectivos são diferentes, basicamente ninguém se quer chatear muito.

Talvez seja uma visão muito redutora, mas para já ainda não vi o contrário. Falar é uma coisa, ter atitudes de acordo com o que se diz é outra...bem mais difícil por sinal.

Sempre um prazer.

Anónimo disse...

Olá meninos e meninas,

Discordo completamente da parte relacionada como sexo.
Não conheço nenhuma mulher assim, só mesmo se não estiver interessado ou tiver ausência de "tesão" em relação ao parceiro.
Chegar a casa e ter uma "boa queca" à nossa espera é o que nos faz regressasr ainda mais rápido e ter algum alento depois de um dia de trabalho e não só.
Se calhar os teus amigos andam enganados. ;)

Bjs

Anónimo disse...

Não suponho que um parceiro meu se sinta intimidado por mim ou pela minha carreira, pois nem suponho ficar ao lado de alguém que não me visse e admirasse como igual.

Nem superior, nem inferior. Igual. Igualdade, respeito e admiração. Não me imagino nem suponho uma relação diferente.
Se assim não for, certamente que não funcionará independentemente de todas as condicionantes que apontas.
Em relação a familia/filhos, não posso falar muito, pois seriam opiniões sem conhecimento de causa.
Mas acho que é como tudo, se nos empenharmos de alma e coração, se amarmos o que temos, tudo corre bem.

Anónimo disse...

Gira e voa,

Subescrevo as tuas palavras em relação à parte relacionada com o sexo. Para mim é dado adquirido o que escreveste.

Relativamente ao teu segundo comentário, também estou de acordo. Mas apenas com o tempo conheces uma pessoa e sabes se ela te admira ou se se sente inferior ou o que for. Apenas quando a fase cor-de-rosa acaba é que começas a conhecer realmente uma pessoa. Hoje em dia as pessoea começam a namorar sem se conhecerem minimamente.

O que vem provar o teu ponto e o meu. Não é possível estares com uma pessoa se não a admiras, mas também não consegues estar com uma pessoa com a qual nao tens nada em comum, nem 1 objectivo de vida.

A parte de "empenharmo-nos de alma e coração" é bonita e eu quero isso, mas existe uma altura em que é preciso mais. Tem de ser o culminar de objectivos, visões, sentimentos. A fronteira entre o empenho e a anulação pessoal é ténue.

Sempre um prazer.

Anónimo disse...

Sim,Marta, tens razão.
Acho que disseste completou o que faltava no meu comentário.

Bj

Bocage disse...

Marta,

Neste tema estou totalmente de acordo com o teu ponto de vista.
Pelos vistos quem ficou a perder foram eles.
Ainda solteira??

gira e voa,

tenho mesmo de arranjar uma namorada para que ela volte sempre para casa cheia de vontade.

Marquis De Sade disse...

Bocage,

Queremos muito namoradas assim, cheias de tesão ao voltar para casa depois do trabalho!

Bocage disse...

Marquis,

é obvio que queremos, mas este tipo de namoradas ou não existem ou já tão ocupadas.

gira e voa,

fazes parte deste tipo de namoradas?